9 de outubro de 2013

Defesa do chulo

pau no cu do mala que manda e desmanda
pra CU forma branda que lhe dá na telha
palavras absurdas vão mudar apenas
poética muda paraelitizada
caóticamente seus olhos não veem
que a tal ditadura não engana ninguém
terror escolar é o que fazem velhos
os maus professores que me diz ensinam

3 de outubro de 2013

#semtitulo

na cozinha com você
não consigo por meus oléos na frigideira
eu só... óleo... pra você
e os meus óleos com cebolas
choram de espirrar na emoção de te ver
verte líquido, como tomate esfaqueado
como tomar-te as mãos me enlouquece
teus óleos quentes me derretem com manteiga
como o queijo escorrendo em minha boca
eu descasco com um braço, sua roupa
com o outro pego um frasco de pimenta
fogos, óleos, sais e cores, tudo esquenta
sai banquete sobre a mesa sem talheres

Chuva Ácida

encharco a cidade
abarco em minha acidez
corroo sob água
acidentes jorram
de dentro de um descaso
a mágoa se alaga
tudo estraga
tudo desanda

eu vaso em abundância
e a cidade não tem descarga
Gostinho de quero mais
Deus não dá cruz sem credo

Crônica

crônico crônico
crônico crônico
crônico crônico

eu só quero comprar 
a minha alma como
o meu próprio placebo

eu comprei o meu corpo
encorporei um pouco
não recebi recibo

rodo enrolando um pouco
bolado sóbrio louco
cansado me embebido

telemarketiamo
eu vou fugir praqui
sorrir meu dom doído

show xoxo seco chovo
saco estourado enchamo
fazer novo de novo

crônico crônico
crônico crônico
crônico crônico

eu só quero comprar 
a minha alma como
o meu próprio placebo

eu comprei o meu corpo
encorporei um pouco
não recebi recibo

rodo enrolando um pouco
bolado sóbrio louco
cansado me embebido

telemarketiamo
eu vou fugir praqui
sorrir meu dom doído

show xoxo seco chovo
saco estourado enchamo
fazer novo de novo
crônico crônico
crônico crônico
crônico crônico