25 de fevereiro de 2014

receita do susex

Mixture o dito erudito
com o dito popular
entre no lar do oscilar
transforme
o filho de peixinho enguia
cedo ou tarde madrugada fria
seja sábio que te influencia
pra escolher
no show bis o seu bis todo dia
e seja cultx e felix
e aí só alegria

24 de fevereiro de 2014

#semtitulo

sorria meu dia
cheiroso esse ar
humor no calor

enquanto vinha a chuvinha fina gente fina só pra refrescar

10 de fevereiro de 2014

Comentários

Finalmente consegui driblar a trolagem do blogger que n tava me deixando colocar comentários aki. Agora consegui colocar um app do face que permite comentários pelo face. \o/

Porque, citando Raul...

"Sonho que se sonha só
é só um sonho que se sonha só
mas sonho que se sonha junto
é realidade"

nessas letraserrabiscoitos meus diários
as suas letraserrabiscoitos seus
positivos, artísticos, contrários
a honra imensa dos seus comentários

5 de fevereiro de 2014

Amizade

Desde que eu comecei a escrever com frequência tenho vontade de escrever um poema sobre amizade e até hoje não tive nenhuma ideia boa, mas talvez esse escrito prosaico já tenha uma poética interessante.

Meu primeiro bom amigo eu confesso com um pouco de remorso que não lembro mais o nome. Era no jardim de infância da Convívio, escola Waldorf de Ribeirão Preto, onde eu só tinha esse um amigo e com a exceção dele só brincava com algumas meninas Tinha uma Pátrícia de quem eu gostava muito que, assim como esse que não lembro o nome, saiu antes do primeiro ano.

Quando fui para o primeiro ano, num primeiro momento só tinha amigas. Lembro da Camila, Marina, Ananda, Priscila, Flora (tão bonito esse nome). Até que entrou na classe, acho que ainda no primeiro ano, o Eduardo. O Eduardo muito rápido se tornou o meu melhor amigo oficial, até porque com o tempo fui ficando amigo de outros meninos, como o Rui e o Daniel, mas existe um período da minha infância que é muito marcante na minha memória, quando minha cor preferida era amarelo, minha fruta preferida melancia, meu melhor amigo era o Eduardo, minha melhor amiga a Camila e o amor da minha vida era a Marina.

A Marina na prática era minha amiga (falei melhor disso em outro post) era filha única, gostava do Ricky Martin, morava em um apartamento, uma vez subiu comigo em uns pinheiros altos pra cacete, até hoje minha mãe conta que alguém veio falar disso pra ela na hora no desespero e ela só disse "deixa eles, não quero nem olhar".

A camila adorava cavalos, a mãe dela era e é uma cantora profissional e na época tinha ganho um prêmio de novos talentos de Ribeirão (tenho o CD até hoje). Eu fui mais de uma vez no sítio dela pra festa de aniversário, brincadeiras e é claro: andar a cavalo.

O Eduardo era filho único  também (na época), morou primeiro numa casa térrea, com uma piscina que provavelmente era menor do que eu lembro, depois numa casa maior, de dois andares. O pai dele tinha uma pizzaria e a segunda casa tinha um espaço bom pras coisas de pizzaria (na primeira não lembro), com muitos potes de Catupiri. Ele tinha um trailer enorme e até pouco tempo ainda tinha em casa um imã de geladeira: "pizzaria Mineiro". O Eduardo era engraçado, fazia umas micagens, a gente dava muita risada. Eu tinha uma coisa de dividir segredos, uma vez contei que na família me chamavam de porco e eu não gostava. Na hora ele me zoou muito, me chamando de "leitoa cor de rosa" (huahahaha), eu fiquei meio puto, mas que eu me lembre ele nem contou pra ninguém na escola.

A gente andava muito com o Rui e o Daniel, do Daniel não lembro tão bem, mas do rui eu lembro algumas coisas: que ele tinha uma coisa de gostar de ciência, tinha um lugar na casa dele cheio de brinquedos que era tipo uma oficina. São lembranças nebulosas, mas tinha algo de brincar de inventar coisas, gostar de ouvir Legião Urbana, mágicas, ilusões de ótica. Ele fez um aniversário bem legal uma vez, teve umas coisas de animação de festa, não consigo lembrar bem, mas lembro que uma hora fui mexer com a cachorra dele e ela (de saco cheio de um monte de crianças perturbarem) me deu uma mordiscada na cara e eu chorei a beça.

Tinha um baixinho que entrou na escola anos mais tarde, acho que chamava Rafael. Adorava brincar de Chaves e era muito engraçado. Era também muito pentelho e eu batia nele às vezes (coitado).

Tinha uma coisa de alguns colegas de classe que eu detestava e tinham umas briguinhas aqui e ali: Thiago, Raphael (acho q o sobrenome era Pinni), Aurélio... Desses eu só apanhava, mas boa parte deles depois me deixou boas lembranças.

Com 10 anos minha família voltou pra São Paulo. No começo eu sentia bastante saudade do pessoal, mas passou dois anos e comecei a nem pensar tanto. Foram mais de 10 anos sem mandar uma carta, sem fazer uma visita. Quando eu lembro disso me sinto meio abandonador. Cruzei uma vez com minha professora Rita em um Bazar da Escola Waldorf Rudolf Steiner e nem soube muito o que falar. Só reparei com certa surpresa que ela já era menor que eu na época e já tinha uma aparência não tão jovem quanto me lembrava.

Não vou falar de amizades posteriores aqui porque deixa de ser minha primeira infância, mas tenho ótimos amigos. Muitos! Quando em 2012 decidi começar a escrever essas Possíveis Memórias, me deu uma vontade incontrolável de reencontrar alguns desses amigos que eu abandonei em Ribeirão. Encontrei e adicionei no facebook o Eduardo, depois Amanda, Rui, Thiago, Ana. Até hoje não achei a Marina nem a Camila.

E hoje o Eduardo passou no mestrado, está feliz e agradeceu o apoio de algumas pessoas importantes. Pra minha surpresa meu nome estava ali. Me dá quase uma vontade de chorar, de alegria, por esse amigo de verdade, que agora está indo para o mestrado, que mesmo com uns 13 anos sem receber uma carta, uma mensagem, ainda sente que é importante compartilhar comigo um momento assim.

4 de fevereiro de 2014

Roda da Folha

Pela grande honra de ter estado na casa de Tom Zé, tomando cafezinho e acompanhando a entrevista, compartilho com vocês o momento.