23 de dezembro de 2017

Me-dou

Me-dou

Calado alma grita
Adulte-sente
Soma de experiências
Frustradas
Natura-risadas
Um ser me observa

Urubu-servo
Os arre-dores
Nas costas
Nus ombros
Nu pescoço

Observo
As aves que pássaros
À pro-cura
Da perfeição
Pelo chão

Morro
Mergulho de cara
Sangue no leito
De rio

Nada
Águas na face
Um ser me observa
Me lá vou

18 de outubro de 2017

Allma portinglesa

Eu sou
my soul
Sou
Meu ser
Soul
Minh'alma
Am I?
Soul eu
Sou I
Soa som
Song
Ao mar
All my being
Meu bem
Imã
Vem
I am
Amem

30 de setembro de 2017

Dia do Arcanjo Mikael (São Miguel Arquanjo)

Vou tentar humildemente falar sobre o que vibra agora e vibrará esses meses neste planeta. Sei que ainda tenho muito que aprender, então peço ja perdão se algo não ficar claro ou se sair alguma bobagem. 

Quando cresci em escola waldorf  vivenciei o ciclo narrativo anual, as quatro estações do ano, através da celebração de quatro principais datas cristãs cultuadas na escola: páscoa, são joão, são micael e Natal.

As estações do ano são como o ciclo da nossa vida. No inverno a escuridão de onde surge a luz primeira, na primavera a renovação da vida, no verão o ápice da luz, do calor e da atividade, no outono o envelhecimento, escurecimento. Isso é um tanto obvio na teoria, mas entender na prática os ciclos da vida e da natureza exige sensibilidade.

Esses arquétipos trabalham de um jeito um tanto bizarro e contraditório em nós brasileiros, já que vivenciamos:
o natal no verão
a páscoa no outono
são joão no inverno
são Miguel na primavera

Quando obviamente o cristo menino na noite fria representa o inverno, o coelho e o ovo representam primavera, joao batista representa o verão e a luta contra o dragão representa o outono, que são as épocas dessas celebrações na Europa e EUA.

Temos também algumas coisas que se adequam à nossa realidade, mas com muitas outras representações que reforçam essa inversão. Então temos a foqueira de são joão que adequa a festa ao nosso inverno, mas temos o dia dos namorados (sto antonio), outro simbolo de primavera que acontece no nosso outono.

A vantagem é que cada uma dessas representações vai além da dualidade de um ou outro polo oposto e aqui no brasil vivenciar essa bagunça ajuda a gente a quebrar essa mesma dualidade.

O inverno contem em si o verão, como nossas mais profundas sombras contém nossa essência luminosa mais pura e divina.

Estamos na primavera, renovação da vida, ao mesmo tempo que estamos no dia de São Miguel, momento onde nos deparamos com nossos dragões, nossos medos, nossos sentimentos baixos de morte e destruição.
A primavera aqui nos traz também no 31/10 o dia do saci, o dia das bruxas. Simbolos de travessuras e traquinagens por um lado, por medo, por raiva, brigas, mentira, por outro.
Outros símbolos se adequam a primavera, como dia de N.S Aparecida, dia das crianças.

Perante esses simbolos bagunçados da nossa cultura (antropofágica), cabe aproveitarmos a brincadeira, pra transformar todo esse medo em algo leve, sem esquecer que nossa criança interior necessita do nosso cuidado e proteção. Que a 'renovação da vida' e a 'morte' são uma coisa só, já que a morte na real não existe, porque no universo a energia nunca se perde, apenas se transforma e a consciência se mantem mesmo depois que o corpo físico morre.

A força e a coragem necessários para ampararmos a nossa criança, nos defendermos de nossos próprios medos, que vão se mostrar fortemente nestes dias que se seguirão, pode ser alcansada pela invocação do arcanjo micael dentro de nós. Com sua espada de luz azul, suas asas douradas, sua balança que traz o equilibrio da paz ao nosso coração. Tudo símbolo, dado que na real um arcanjo é só uma energia luminosa sem forma, tão onipresente quanto o universo, por isso pode ser manifestado em nosso coração por nossa vontade. Mais que isso, só pode se manifestar por meio de nossa vontade, já que o livre arbítrio é uma lei inquebrável para os seres de luz, sejam eles anjos, arcanjos, elementais, devas, mestres ou o próprio Universo, PAI/MÃE universal, consciência una, Tao, Ser, Vida, Deus (como quiser chamar)

Os quatro símbolos das estações são UM e se manifestam todos quando alcançamos o equilibrio de nosso Ser, de lembrarmos Quem Somos, por meio do Nome de Deus, que é "eu sou".

Esse é o momento de se mostrarem as sombras e com a Força do "eu sou" pode a partir delas surgir nossa nova luz. 

EU SOU A VONTADE DIVINA
EU SOU A FORÇA E A CORAGEM DO ARCANJO MIKAEL
EU SOU A SEGURANÇA
EU SOU A CRIANÇA NA ETERNA BRICADEIRA DAS FORMAS
EU SOU O AMOR
EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA
EU SOU A PRESENÇA DE DEUS EM MEU CORAÇÃO
Presente
Aqui
Agora
Eu sou

Beijos de amor

7 de agosto de 2017

Etimolorgia

Foda-se a forma da palavra petrificada
Mova-se em sentido contrário
À (I'm)posição de sentido
Foda-se a gratidão dada
Se meu valeu me vale
Se meu obrigado abriga...
FODA-SE A ETIMOLOGIA

VIVA A ETIMOLORGIA
Que meus sons inventos bravos movem velas
Discansons descascagados
Descargos de consciência intransito
Gozo com teus versículos
texticulos valem menos que testículos
Engoleia meu teso destestado
Que não sou o que sou pra agradar

E foda-se seu ego que é gostoso

11 de julho de 2017

Melissa Oficialis

Melissa é chá
Chá de mel
com mel
Meu chá
Sou eu
Em fusão
mandhinga
Alívio
do incessante vigor
desesperos ânsias
espasmados ares
Martelados peim peim pensares
Dissolvo
Respiro
Acalanto
Sorriso
Sou Deusa
nectar vomitado
Mitologia nectarina
Melodia noturna
Eu sou uma urna
de segredos
Desvelados em chamas
chama o que quiser
Eu sou o que der e vier
Eu sou tudo que é
Tudo que deve ou deva ser

Nossa Luz

Mote:
This little light of mine
I'm gonna let it shine

Todo mudo que está aqui é uma estrela
é uma estrela
é uma estrela

e essa estrela é bonita, ela é bem pequenininha
pequenininha
pequenininha

mas sua luz, ela é grande e infinita em mim habita
em mim habita
em mim habita

e essa luz é meu pai, minha mãe. Ela é divina
Ela é divina
Ela é divina

E eu vou deixar brilhar
eu vou deixar brilhar
eu vou deixar brilhar
eu vou deixar brilhar

E essa luz, ela é minha, ela é sua, ela é de cada
ela é de cada
ela é de cada

E essa luz, ela guia e ilumina a nossa estrada
qualquer estrada
qualquer estrada

E eu vou deixar brilhar
eu vou deixar brilhar
eu vou deixar brilhar
eu vou deixar brilhar

6 de abril de 2017

#semtitulo

O calor se vai
Quando voce sai
Esvais e não cala
Não faz assim

Me leva na mala
eu fico Leve!
Acaibo amasso
E acaba em casa
A lamentação

lavo-me inteira
e seco no sol
No mala que sou
Nômade amor
Vira Vapor

19 de março de 2017

Meu amor

Meu amor é maior do que eu posso explicar
Meu amor é um desejo maior que esse mundo
É estrondo sem som e é um ar e é um Ah!
Meu amor quebra rima
Quebra metro
Quebra-me
Cola

Meu Amor é um clichê único
Meu amor é zero, infinito e Um
Meu Amor é o Universo
É um espelho micro-macro-caleidoscópico
Eu sou o meu amor
Que me atravessa e me atrai verso
Coativo e compassivo
Incrível
Incomparável
Nunca nasceu nem surgiu
Não tem limite em tempo ou espaço
Não tem compasso
Mas dança

Louco
Rouco
Gritante
Inssessante
Constante
Irritante até
Doloroso
Pavoroso
Prazeroso

Alegre
Pura paz
Pura batalha
Criativo
Transforma dor
Luminoso

Nem com tudo isso eu expliclo
Na breguice eu cito:

"Nem mesmo o céu
Nem as estrelas
Nem mesmo o mar
E o infinito
Não é maior que o meu amor
Nem mais bonito"

É o clichê mais clichê
É seu

Meu amor é nosso amor
Tão nosso que nem faz sentido
Fazer separação
Mas
mesmo sem ter sentido
esse "meu amor" É muito sentido
É todo por você
É todo pra você
É todo com você

Rádio

Não ouvia nada no rádio
Não importava a estação
Interferência ou radiação
Nada tocava naquelas bandas

Há dias que não a via
Amor do seu coração
Se tinha, não me tocava
Nem vinha nem me chamava

Chiava, chiava, chiava

Coautora: Julie Centeno

Beiramar

O pescador tem dois Amor
Um Bem da Terra
Um Bem do Mar

Não nasci nesse corpo pra pouco

Sinto a força do pescador
Engolido na força do amor
Sinto a força do beiramar
engolido por Iemanjá

Derramou-me no caldo
  Beiramar
Derramou-me no caldo
  Beiramar
Derramou-me no caldo e eu parei de respirar

Derramou-me no caldo
  Beiramar
Derramou-me no caldo
  Beiramar
Derramou-me no caldo e eu cansei de navegar

Fujo de onda que vem quebrar
Pra que ela me possa levar
Só o sal veio me saudar
Sou areia nas ondas do mar

Derramou-me no caldo...

Minha alma fugiu pra lá
Para as terras nos vales em paz
Minha alma fugiu pra lá
Afogar-me já não posso mais

Derramou-me no caldo...

Sei saudade ainda vai voltar
Dos apertos de Iemanjá
Quando a onda de amor virá
Quando o vale me vem acalmar

Liberdade o que é
Sei amor jamais abandona
Só parte e reparte aquilo que der